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Ivani Ferreira é professora e blogueira . Possui graduação em Letras pela Faculdade Asa de Brumadinho (2006), Normal Superior pela Universidade Federal de Montes Claros(2005), especialização em Psicopedagogia pela Universidade Federal Castelo Branco (2007), Supervisão Pedagógica pela FINON (2008). Professora efetiva na rede Municipal de Brumadinho desde 2005, porém, atua na rede municipal com turmas da Educação Infantil , Ensino Fundamental 1 e 2 , desde o ano de 2002. Trabalhou como supervisora pedagógica na Escola Municipal Leon Renault- Brumadinho/MG (2013- 2016). Atualmente trabalha como professora da Educação Infantil na EMEI Nair das Graças Prado em Brumadinho/MG. Sejam bem vindos(as)!!! Instagram.com/professoraivaniferreiraoficial

sábado, 15 de agosto de 2015

cronica

Crônica: O Caminho para a escola
                             Aluna: Daniela Costa 9º ano 2

       Sexta-feira, como outras sextas. Acordo com o barulhinho do despertador tocando “Trim”, parece invadir meu sono. São seis horas da manhã, levanto para mais um dia como qualquer outro de ir à escola.
     Na beirada da cama, calço uma pantufa já meio surrada de tanto usar vou direto ao banheiro, escovo os dentes, lavo bem o rosto. Ai então, me desperto verdadeiramente.Passo pela cozinha, abro a geladeira, pego uma fruta e como de costume,começo a dar as primeiras mordidas, enquanto confiro a mochila para verificar se não estou esquecendo nada para traz.
    Saio pelo portão, sigo reto em uma rua longa que me leva direto para a padaria do senhor Juca, onde compro sempre o meu pãozinho com creme por cima para comer no lanche. Distraída retomo meu caminho para a escola e é ai que tudo acontece...
     Encontro em uma esquina no meio de um amontoado de caixas de supermercado “Ele”...levo um susto,mas não demora para essa reação passar e se transformar em afeto e ternura. Aqueles olhinhos fixados nos meus, como que estivesse tentando me dizer alguma coisa,logo me derreto e em um gesto de carinho, estendo minhas mãos e o coloco no colo.
       Olho para um lado e para o outro,certificando se mais alguém acompanhava aquela cena. E naquele instante não tive dúvidas,ficaria com aquele cãozinho  para mim.
        Lembro-me de estar atrasada para a aula e fico na indecisão se volto para casa, ou se continuo o caminho para a escola.
        Por alguns instantes, meus pensamentos parecem congelar,mas logo me decido: “-Com muito cuidado,envolvo o cãozinho em minha blusa e sigo em frente”.
       Chego à escola,vejo a moça loira que controla o portão da entrada.Passo por ela apreensiva,com a sensação que seria naquele momento, barrada.
       Sinto o olhar da loira fixado nos meus braços e penso: “É agora que ela vai me perguntar”.Mas ela somente sorri para mim com o sorriso de sempre e diz: “-chegando atrasada hoje em mocinha”?Daí então me sente aliviada.
       Agora,mas não demora nada para esse alívio se transformar novamente em outra preocupação, pois como esconderia o cãozinho por cinco horários em sala de aula?
      Então tenho uma ideia de entrar na sala de aula e sentar na última carteira. E em um canto do armário, escondo o cãozinho.
     A turma não parece estranhar meu comportamento,todos estão empolgados com os trabalhos a ser apresentados, na aula de literatura.O relógio marca 08h40min,então bate o sinal para a troca de professores.A professora de literatura entra e anda em minha direção.Fico sem reação e ela pergunta:
   _ O que faz aí Daniela?Volte para o seu lugar imediatamente. Fico sem palavras,fixo meu olhar no dela, minhas pernas ficam tremulas. A turma fica em silêncio e toda a atenção se volta para mim. Naquele momento os ponteiros do relógio parece parar e até o tempo queria ouvir uma resposta. Foi então que a minha blusa começou a se mexer ao lado da minha carteira. E a cabecinha daquele fofo cãozinho é descoberta. Daí sem precisar inventar “desculpa” é revelado o motivo de estar sentada ali.
        Logo me encontro rodeado por amigos, todos querendo pegar aquele indefeso cãozinho. E a professora que alguns instantes atrás demonstrava estar furiosa, abre um sorriso grande e se rende aos encantos do bichinho.
      Naquele instante, sinto que aquela sexta feira não tinha sido comum igual às outras, e sim uma sexta feira especial!
      Então sinal bate 11;30, termina a aula, e retorno ao meu caminho de volta para casa, com o meu mais novo amigo.

   Ansiosa agora estava para ver a reação d minha mãe ao chegar a casa com o meu cãozinho.

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